quarta-feira, 16 de julho de 2008

DE VOLTA O GRANDE SUCESSO!!! A COMÉDIA - PRETAS POR TER


Em 2001 um grupo formado por três atores baianos resolveu montar um espetáculo que discutisse aspectos da cultura afro-brasileira, surgiu então Pretas Por Ter. Optaram por estrear na mostra Fringe do consagrado Festival de Curitiba, adotando uma estratégia que vem marcando a trajetória da companhia até hoje:


- A gente ia pro principal shopping da cidade, aonde havia um quiosque vendendo os ingressos para as peças do festival, indicar as outras peças e dávamos nossa filipeta, informando as pessoas para olhar bem no material, pois se tratava de uma peça baiana com atores vestidos de mulher. As pessoas gargalhavam, pois nós falávamos mais das outras peças que estavam no festival e quando se referia a Pretas Por Ter a gente desaconselhava. A peça caiu no gosto e ficou entre as dez mais assistidas em todo o festival – conta Alberto Damit.


Várias são as razões para a aceitação do espetáculo, uma delas é o estilo baiano de fazer humor marcado pelo teor “cítrico” e a irreverência. Outro motivo é a forma inovadora de promover o espetáculo. Também o texto de Alberto Damit que, recheado de referências aos costumes e tipos baianos, foi construído a partir de pesquisas sobre o comportamento preconceituoso do negro para com o próprio negro e na narrativa faz uso da comédia como veículo de reflexão. A construção das personagens é outro ponto alto da encenação. Em quase todas as sessões as pessoas reconhecem a professora conservadora, ortodoxa e cheia de manias pedagógicas ultrapassadas e Marlene uma orientadora disciplinar popular, mas totalmente consciente de sua condição racial. Os reflexos do sucesso chegaram a São Paulo, cuja montagem, com atores paulistas, obteve igual sucesso.


A nova temporada de Pretas por Ter chega ao Rio com a participação especial de Xanddy, do Harmonia do Samba, fazendo a voz do diretor do cursinho. Em São Paulo, essa participação foi de Rosi Campos.


A história se desenrola no dia em que uma professora adoece e precisa ser substituída. Altair é designada para substituí-la e Marlene, inconformada decide atrapalhar os planos da outra e para isso utiliza toda sorte de artimanhas, interferindo o tempo todo na aula.



A Cia. Baiana de Risos


Muitos foram os motivos para criação da Cia. Baiana de Risos: o gosto pelo teatro, o desejo de promover um trabalho que ampliasse nossas possibilidades de atuação, mas acima de tudo a vontade de usar nossa arte como ferramenta de discussão e mudança sócio-cultural. Sabemos o que uma voz em destaque pode fazer e temos certeza do que um bando de gente pensando do mesmo jeito pode conseguir.

A Cia. Baiana de Risos atua dentro e fora do palco. Em cena nossas galhofas são consumidas e refletidas, fora dela somos cientistas bisbilhoteiros que fazem de cada atitude alheia uma fonte de estudo.

A Companhia existe desde 1990 e durante cinco anos propusemos a ‘bisbilhotagem’ em tudo que fosse mérito num artista. Trabalhamos com personalidades em diversas áreas de artes, buscando sempre o aperfeiçoamento e a compreensão do fazer teatro.

O projeto Pretas Por Ter foi inicialmente criado para ser um drama-dialético que buscasse na própria atitude discriminatória, a consciência sobre o comportamento dos agentes do preconceito. Durante os estudos para a montagem, percebemos que o humor imprimia parte do comportamento da ação preconceituosa, e que nosso alcance seria maior se utilizássemos o mesmo humor como antídoto.


Elenco


Marcos Magno

Ator. Antes de Pretas Por Ter foi fundador e integrante por 7 anos do BANDO DE TEATRO RESISTÊNCIA, onde participou dos espetáculos MULHRERES@.com, “DOM QUIXOTE”, e AS BONDOSAS, nos festivais de minas gerais, Curitiba, Alagoas e Sergipe, foi premiado como melhor ator com o espetáculo A MOÇA QUE BATEU NA MÃE E VIROU CACHORRA” e no espetáculo “DOM QUIXOTE” é um ator versátil por aliar técnicas circenses ao teatro convencional. Em Cinema trabalhou no filme “É Niuma”. Em televisão atuou em diversos programas da TVE Baiana e no caso “Amor Platônico” do programa Linha Direta da Rede Globo.Alberto


Damit Alberto

Damit é natural de Dias D’ Ávila, fez escola de teatro da UFBA, trabalhou com Cilene Guedes, Alberto Martins, Moacyr Moreno entre outros foi criador do primeiro grupo de teatro de sua cidade. No Rio de Janeiro trabalhou no musical “O cortiço”, dirigido por Sérgio Brito; participou ao lado de Fernanda Montenegro do Filme “Chão de Estrelas” de Marco Faustini, e dos filmes “Cólera de Abutre”, e “O Rapto da Manteiga de Garrafa”. Como Cineasta dirigiu o média-metragem “Mamãe foi pro Espaço”, e os curtas “Cão”, “Minha terra tem palmeira, zueira e baile funk” e “É Niuma”. Na Rede Globo fez: “Rei do Gado”, “Torre de Babel”, “Zorra total”, “O Clone”, “Sob Nova Direção” e “A Lua me Disse”.


Sobre o Diretor


Marco Antonio Lucas

É natural de Macaíba (RN). Firmou-se como diretor após trabalhar longo período como ator. Inspirado por Franz Kafka, Nelson Rodrigues e Tonico Pereira desenvolveu seu olhar criador. Com a Cia. Encena produziu diversas pesquisas, usando a dialética no teatro como ferramenta motora de transformação. Foi assim que ganhou em 1990 o prêmio de melhor ator com ‘Metamorfose’ de Kafka no Festival da FETAERJ. Em 1996 foi convidado por Rogério Rodrigues para produzir e protagonizar “Compendiun Maleficarum”, resultado de uma pesquisa sobre a inquisição francesa no Centro Cultural dos Correios. Além de atuar e dirigir também desenha figurinos para teatro e cinema. Foi dele os figurinos de “Conta um Conto” de Alexandre Damascena; o musical “A Onça e um bode” de Marcos Faustini e “Pelega e porca prenha na mata do pequi”. Em cinema fez “O mensageiro de Arben” de Fulvio Maia, “Mamãe foi pro espaço” de Alberto Damit, “Lost Zweig", de Sylvio Back e o curta-metragem “É Niuma!?” de Vanclei Santos.Uma das principais preocupações de Marco Antônio é com a formação de Platéias:- Não há como valorizar o teatro se antes não aprendermos a gostar dele.


Ficha Técnica


Texto: Alberto Damit

Direção: Marco Antonio Lucas

Elenco: Alberto Damit (Profa. Altair) Marcos Magno (Marlene) e Marco Antônio Lucas (Merilyn) Cantor Xanddy (Off como Diretor)

Iluminação: Eduardo Caldas

Figurinos: Bianca Raimond

Cenário: Luciana Lakaster

Fotografia: Renato Neto

Assessoria de imprensa: Ailton Amaral

Programação Visual: Juarez Alvez e Charles Siqueira

Produção Executiva: Ailton Amaral e Leônidas Passos

Direção de Produção: Alberto Damit

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